domingo, 21 de agosto de 2011

O que fazer com essa tal violência

Uma moça caminhando de mãos dadas numa avenida movimentada à luz do dia tinha tudo para ser super romântico. No entanto romantismo e tragédia andam lado a lado. Assim como ir ao supermercado, ficar em casa, ir ao shopping, sair para jantar, ir ao clube, pegar ônibus, entrar no metrô, atender a um telefonema também andam lado a lado com a tragédia. De repente é uma arma de fogo contra todo um resto. A arma de fogo tem dado o poder de se conseguir tudo o que se quer à um número muito crescente de pessoas. A perspectiva muda porque o ângulo mudou. Agora olho de baixo para cima e estou do lado menos favorecido da moeda desse nosso Brasil baronil. No mais alto do Brasil os valores são um pouco diferentes do que lá embaixo. Não piores, não melhores, mas distintos. Guerreiros, trapaceiros, muambeiros, andarilhos, tranquilos, apressados, iluminados, cobiçadores, sorridentes e carrancudos. Tem de tudo para formar a massa que agrada e desagrada, que escancara e é julgada, pré-julgada, submetida e escondida atrás das barreiras que a separam do Brasil que produz, que avança e, justamente por isso, é rotulada como o sotaque arrastado, mole e vagaroso. Mitos. O que seríamos sem eles?

Beijocas mil.
Tetê