quarta-feira, 19 de março de 2014

Beijinho no ombro!

Desde que tirei férias de mais dias do que minha terapeuta tenha entendido como suficiente para não se distanciar muito da realidade, tenho tido vontade de escrever. As vezes para mim parece que escrever significa mais do que falar sem ter o olhar direto, contar com muitos detalhes e ter que administrar a falta de paciência do ouvinte, transparecer um entusiasmo que pode ser facilmente confundido com ansiedade. Escrever, para mim, é bem próximo de esvaziar a alma. O intuito é enchê-la novamente. E esse jogo me faz bem. Hoje escrevi um e-mail profissional com uma frase quase poética que soou até bem. Eu disse que o comodismo por muitas vezes suprime o medo dos riscos que a ousadia do agir que transforma pode trazer. Sendo sincera, as palavras não foram as mesmas, no entanto a mensagem em nada difere. Ultimamente meu medo de riscos tem sido muito relacionado com os devaneios da minha mente. Morar naquela casinha dos meus desenhos de infância, com um riacho no fundo, muito parecido com a casa da Dinha no Fundão, levar meu filho tão amado e ainda não concebido de bicicleta pra escola igualzinho o Lino faz com o Felipe, me aventurar nas trilhas da vida para tomar banho de cachoeira assim como o meu amigo Jonathan faz quando não dá preguiça de pegar a bike na casa do carrro. Tudo isso é parte do meu mundo imaginário que tem algum espaço na minha mente, mas que é frequentemente acotovelado pelos minha vontade de crescimento profissional, pelo meu desejo de conhecer a Ásia e Austrália e pela minha lembrança quase que vaga, que tudo isso custa algumas boas porcentagens do meu décimo terceiro juntinho com o bônus do final do ano. Vida real pode ser vida. Vida do sonho também pode ser vida. Vida é coisa que passa, mas antes que se desfaça apresenta um processo até que duradouro para que possamos escolher, viver, nos aventurar, parar de reclamar, fazer, acontecer e se jogar! Arrasa Tereza, como diria meu tão admirado e competente colega de trabalho Daniel.

Bora ser feliz minha gente! Certeza absoluta da vida é a morte! Então aproveita e beijinho no ombro!

Tetê