terça-feira, 28 de novembro de 2017

Eu sou um pedacinho da colcha dela

A vida é recheada de novidades muito boas. Ela não sabia que eu a olho e nem acredito no que vejo. Ela era só uma menina deitada entre a gente, seja lá quem a gente fosse. Sem se importar se era gente interessante ou gente tolerável ela era e continuou sendo sempre doce e adorável. Ela sorri. É assim que a vejo. Ela une. Ela soma. Ela deixa o vento bagunçar o cabelo e reage com um sorriso tão lindo que não dá pra parar de olhar. Linda abrangendo tudo que dá pra alcançar. Linda de olhos, dentes, cabelos, gestos, sorriso, generosidade, amor. Linda de amor. Excelente jeito de explicar quem a nossa preferida dos olhos de jabuticaba se tornou. Ela sempre alegrou, sempre fez alguém sorrir, nem que seja só de olhar e pelo olhar. Quem é essa princesa que consegue arrancar lágrimas de olhos de marmanjo irmão? Quem é a dinda que pede abraço apertado pro outro do trio? Quem é a menina dos olhos da protetora de todos? Quem tem o jeito dele mas não é ele e ao mesmo tempo é quem ele queria ter? É também a pequena de alguém, a pretinha de outrem e certamente insubstituível pra sua réplica menor. Ela é anjo e esperança, sonho e aliança, inspiração pra quem ela nem desconfia, assim, talvez como eu. Ela disse que eu sou um pedacinho da colcha de retalhos dela e mal sabe ela que ela é quem me cobre de orgulho por ser a minha referência mais jovem de amor. Nina, eu amo você.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Leve

Leve. Você é leve! Marcante pra mim ouvir isso. Toca no fundo do coração. Fez com que eu me sentisse um ser iluminado, privilegiado, especial. VOCÊ É LEVE! Dessa vez já foi quase gritado, pra que todos os meus ouvidos ouvissem, absorvessem e nunca mais se esquecessem dessa frase. O som passou pelas barreiras que só ele deve saber quais foram e chegou até o coração. E ecoou por todo o meu corpo. Sim, eu sou! Eu consegui ser! Eu sou sim! Sou muito leve! Viva intensamente o momento presente! E assim ela dizia e repetia e me ensinava. E assim eu aprendi. Até hoje lágrimas rolam de emoção por ter ela ter me ensinado o poder do agora. Não existe amanhã. O depois é algo que vai virar agora em segundos. Duas mulheres. Uma muito doce, sábia e de voz mansa. Outra muito doce, sábia e de voz firme. Uma me ensinou a ser e a outra me disse que eu sou. Dois amores. Uma aqui prestes a ir pra um pouco longe e outra que faz tempo que não manda notícias. As duas sempre presentes no meu coração. Uma ajudou a me criar e a outra me ajudou a superar. Amo vocês!

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Eu já estava dormindo.

Poderia ter sido acordada por volta de 2 da manhã, quando achei que já era perto de 5 horas da manhã e ter ficado muito irritada por isso. Fiquei um pouco irritada e decidi continuar a fazer o que faço por alguns anos: parar de brigar com a vida e aceitar o que acontece de bom e ruim comigo. Por motivos que fogem ao meu controle alguns barulhos noturnos me acordam no meio da noite e infelizmente tenho sono leve e nem sempre volto a dormir instantaneamente. Poucas coisas me irritam tanto como ser acordada no meio da noite, especialmente quando sei que tenho que "render"no dia seguinte. Dessa vez, eu me entreguei àquilo que de positivo a vida poderia estar querendo me apresentar com esse "problema". Primeiro eu respirei fundo e expirei forte. Depois levantei de forma brusca da cama, jogando lençol e coberto pro lado com agressividade. Em seguida levantei. Fui para o escritório de casa, arrumei uns papéis, preparei a mesa, liguei a luminária e liguei o computador. É o meu momento. Vou digerir melhor o conteúdo da aula de terça-feira passada, foi o que eu pensei. Eu me dei conta que eu deveria ter escrito o meu diário de bordo todos os dias, mas não fiz. Então nada melhor do que começar a escrever o que rolou nos meus dias de lá pra cá. Terça-feira quando cheguei do curso estava muito pilhada. Obviamente, como já era de se esperar não consegui dormir logo quando cheguei em casa. Depois de relatar tudo o que vivi no primeiro dia de aula para a amiga confidente eu escrevi o texto Já deveria estar dormindo. No dia seguinte eu estava bastante determinada a me observar sobre o pilar da inteligência emocional que quero desenvolver primeiro. Então quarta-feira foi dia de ficar bastante atenta à todas as oportunidades de exercitar empatia nas minhas relações. Quarta foi dia de reunião com cliente para apresentar produto novo e ampliar a parceria que já temos hoje. Meu grau de empatia foi 5 em 10 porque eu demonstrei em alguns momentos certa ansiedade para "provar meu ponto". Na quinta-feira eu trabalhei no escritório e tentei ao máximo ser empática com as duas pessoas da minha equipe que trabalham comigo diretamente. Eu normalmente opto por conversas mais objetivas, relacionadas à trabalho e me esforço para que as conversas sobre o que as pessoas sentem, como sentem e pelo que passam em suas vidas pessoais ganhasse um pouco de espaço no meu dia. Eu sinceramente as vezes considero desperdício de tempo cerca de 60% das conversas que as pessoas tem com seus colegas sobre vida pessoal no ambiente de trabalho. Acredito ainda que a produtividade cai muito quando esse tempo todo é despendido para analisar e tentar resolver de forma coletiva um problema de relacionamento com marido, esposa, filhos, família do colega de trabalho. Talvez por isso empatia seja o meu primeiro pilar a ser desenvolvido. O outro precisa e quer ser ouvido e mesmo quando aparentemente o assunto é algo que de nenhuma forma vai impactar positivamente o faturamento da empresa, reconheço que esse tipo de papo deve ter o seu espaço no mundo corporativo. Sexta-feira foi um dia leve, sendo eu mesma, sem grandes análises, mas já colhendo os frutos de ter tentando exercitar a empatia nos dias anteriores. Encontrei uma amiga no final do dia para um café, acertei no livro que ela queria ler e demos boas risadas. Sábado foi um dia dedicado a mim. Banho demorado para ouvir os pensamentos, músicas que mais gosto rolando e a noite a festa de aniversário do amigo querido e divertido da turma do off-road. Cheguei em casa quando já era domingo. Domingo foi um dia de muitos desafios. Era o dia de reunir toda a família porque era dia dos pais. Família reunida deveria ser um momento muito esperado por mim, já que família é a reunião das pessoas que por mais tempo conviveram comigo até hoje, ao menos em tese. No entanto, alguns conflitos familiares desgastaram um pouco a nossa relação, apesar do enorme amor que há entre nós. Eu me saí bem. Fui tolerante, ouvi mais do que falei e não dei risadas escandalosas. Não fui 100% eu, mas mandei bem num geral. O meu sobrinho mais amado desse mundo me ajuda demais a ser eu enquanto brincamos, mas no momento adulto do encontro preciso me comportar para não causar. E assim foi feito. Segunda eu consegui acordar no horário que me proponho para ter o meu dia ideal. As 5 pulo da cama para fazer tudo o que preciso antes de sair de casa às 6:15. 6:50 da manhã é a hora de estar na sala de pilates da ACM. Não fui tão pontual quanto eu gostaria, mas cheguei a tempo de fazer o segundo exercício em diante da aula. E agora são 04:08 da manhã de quarta. Estou terminando o diário de bordo e depois vou fazer a análise do vídeo da Amy Curry. Falar dos meus sentimentos, da forma como vejo a vida, de todas as minhas emoções não foi um exercício difícil, até porque tenho apoio emocional de gente que convive comigo e, o mais importante, disponibilidade dessa gente em me ouvir até que eu consiga enxergar jeitos diferentes de agir, pensar e sentir. Eu me sinto grata por isso. Eu falhei por uma vez com minha mãe ao longo da semana, porque eu falei de forma impositiva em uma conversa nossa e não consegui me colocar no lugar dela. Infelizmente ela tem depressão e pra mim é um exercício muito difícil manter a calma, analisar tudo o que será falado e agradá-la. Outro momento em que falhei foi quando por não me comunicar bem e dar a entender que ela não havia buscado a riqueza de detalhes que iria me satisfazer sobre uma pesquisa de mercado que ela tinha feito. Tudo o que ela tinha de informação a respeito do produto em questão era suficiente para que ela tomasse a decisão de não comprá-lo. Em contrapartida, eu queria saber mais detalhes e pelo meu jeito de falar ela se sentiu tão pressionada que me deixou a vontade para falar com a atendente para confirmar as informações e me certificar do resto. Importante ressaltar que eu não sou o público alvo desse produto e não tenho nenhum interesse de comprá-lo. Sendo assim, porque tamanha a minha necessidade de saber todos os detalhes, sendo que a minha amiga já havia decido que não iria comprá-lo e a mim o produto também não atende?
Entendo que o reconhecimento daquilo que se quer mudar é certamente o primeiro passo. Considero o que vem depois mais difícil. Não basta reconhecer que a forma que eu agi poderia ter sido mais apropriada e empática. O resultado desejado é agir com o outro como se você estivesse na pele dele, considerandos seus sentimentos e emoções. Me sinto mais preparada do que antes mas não ainda confiante que conseguirei ser hoje quem eu gostaria de me tornar.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Já era pra estar dormindo.

Com certeza já passou da hora de estar bem quentinha na cama por debaixo das cobertas. Ainda não deu sono. O sonho que não deixa o sono chegar. A coragem de olhar pra um monte de coisas que poderia ter deixado lá seja lá onde seja, seja bem quieto no fundo do guarda-roupa do conforto ou do baú do bem estar. Mas vamos remexer tudo porque tirar tudo do lugar combina mais com a gente. Vamos deixar a poeira levantar para depois fazer faxina. E que a vida continue sempre a ser assim tão maravilhosa, tão cheia de suspiros doces, de brisas frias, de sonhos e sem sonos. Que a empatia seja o foco e que o corner seja o centro das atenções para ajudar a achar o caminho da aceitação. O maior medo quando perguntado não foi de ser julgado como a maioria dos que estavam lá disseram. Desse não dá medo não. É bom. É desafiador. Tira do quentinho da cama com coberta. O que dá medo é não ser notado. A indiferença sem razão de ser porque ao invés da sisudez que a face transparece dentro desse coração há muito amor gratuito, igualzinho ao almoço que dizem que não existe. É a indiferença que atormenta e que faz sangrar. E pra ela não tem cura a não ser o exercício de calçar os sapatos do outro num caminho que tem vales pra se chegar em picos.

domingo, 26 de março de 2017

Longe de ser transparente como água cristalina.

Passa a não ser mais o que se quer pra si próprio. E já não era tarefa a ser realizada sem a interferência de mentores. Há lembranças da época do experimento constante e infindável do novo e do diferente em diversos aspectos incluindo-se a morada. Ora o ideal era algo, ora era algo diferente e a cada oscilação do que se considerava o canto perfeito para se montar o ninho com galhos emprestados da natureza uma mudança estava por vir. Certa vez algo veio a expressar exatamente o retrato desse estilo de entender o mundo e se relacionar com ele. São sementes jogadas em diferentes terrenos sem nunca estar ali presente para ver germinar e curtir no que aquela sementinha havia se transformado. E então, em maior obediência ao consenso geral de como as coisas devem ser, a espera ganha o seu lugar. Esperar a semente germinar e ficar feliz ou se decepcionar-se com o tamanho da planta. E de novo fazer escolhas. Escolher ir ou ficar. Ficar de uma forma ou de outra. E segue o baile. O que mais importa dessa aparente confusão toda é o desejo latente de viver. Viver com sonhos. Sonhar na contramão do ter grande parte das vezes. Se entregar com superação de medos que apesar de muito importantes para direcionar o futuro são muitas vezes sufocantes. Haja vista os ensinamentos passados, a vida se resume à arte de lidar com o binômio tempo e temperatura. E que seja assim. Chegando ao final sem a sensação que tudo está claro e transparente como água cristalina, mas que mesmo assim foi bom. Fez bem. E que assim continue a ser.