domingo, 2 de dezembro de 2018

Liberdade é estar cercado de gente que não dificulta a sua saída.

Liberdade é estar cercado de gente que não dificulta a sua saída.

Eu sempre quis ser livre. Quando eu era criança eu olhava pra fora da janela do carro e não é que eu desejasse estar fora dali, mas eu acho que eu desejava estar ali quando eu sentisse meu coração me pedindo pra estar ali. É complexo e parece egoísmo puro, mas eu acho que o querer move montanhas e o "ter que" causa infarto. Se eu verdadeiramente quero estar com você e tenho o sentimento sincero de não que aqui não me falta absolutamente nada, eu te garanto que eu sou a melhor pessoa desse mundo. A presença mais deliciosa que você pode ter por perto. Sou boba, sou leve, sou divertida, carinhosa e boa de cama se for o caso. Mas a intensidade do contrário é igualmente real. Se eu não quero estar eu me torno insuportável e intolerável. Sendo assim, eu amo querer estar e estar da forma mais linda e entregue que pode existir.

Liberdade é estar cercado de gente que não dificulta a sua saída.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

O jeito que a gente vive!


Aí a gente decidiu que cada uma iria tomar o seu caminho. Que possamos escolher as nossas próprias trilhas e viver cada uma a sua própria história. A decisão agora é individual e não será mais preciso negociar e nem ceder. Se quiser ir, vá. Se quiser ficar, fique. Se tiver vontade de sumir, suma! Se precisar de socorro, peça. Não haverá mais nada que queira fazer e terá que adiar. E assim a vida segue. Segue pelos mares que quiser navegar. Aproveite a madrugada adentro conversando e bebericando como os olhos fixos na lua. Que as viagens sobre assuntos loucos e proibidos não parem  por causa nenhuma. Não há limites. Voe até onde você tiver força para chegar. Se cansar pare, descanse e depois prossiga. Tudo isso com liberdade, com entrega, com luz e com muito amor. Que a paz reine no coração e que nenhum dia sequer você não faça exatamente aquilo que deseja fazer. E é isso. Foi nesse dia que cada uma decidiu tomar o seu próprio caminho que a gente se achou. E é dessa forma que a gente vive.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Quando é dia de visita quem ganha presente é a alma!


O nome dele é Manoel Lucas e o dela é Eulália. Eles estão juntinhos porque tem o cantar e dançar em comum. E não tenho dúvidas de que o gostar em comum une muito as pessoas. Encontrei  ela ao lado da cama dele no Cruz Azul. Manoel me ensinou com sua experiência de vida octagenária que quando a gente se interessa por alguém melhor é dar um regalo para começar uma amizade, e foi isso mesmo que ele fez com Eulália. Gravou um disco, imagino que colocou em uma embalagem bonitinha e deu a ela. Ela gostou da música o suficiente para oficializar a união de dois anos ano passado. Na cama ao lado, no mesmo quarto, estava José. O amigo e acompanhante piadista era o Japonês zoador do ambiente. Até que chega a filha do José e diz que é maravilhoso nos encontrar por lá. Eu sempre olho no olho, pego na mão com minhas duas mãos, fazendo sanduíche de mãos com a pessoa que estou visitando. Falo pouco, pergunto mais, e não resisto a uma ou outra piada que surgir na minha mente e que tiver potencial de provocar sorrisos e quiçá gargalhadas. Consegui algum sucesso nesse quesito humorístico nessa visita e, acima de tudo, muita satisfação com o rosto de “fica mais um pouco” que o querido Manoel fez e deixou claro verbalmente logo em seguida. 

O nome dela é Sônia e a mãe dela é a Lídia. Sônia nunca andou e hoje em dia faz tratamento pro câncer dela que surgiu agora quando ela está prestes a completar 60 anos. Ela tem três filhas, a Maria, a Joaquina e a Pietra. São três bebês bonecas que ficam em um berço que os enfermeiros carregaram da ala da maternidade do hospital. Pietra falou no meu ouvido que queria colo de mãe e avisei Sônia que me ordenou a pegá-la e colocar no seu colo. Sônia tem suficiente lucidez para se entristecer por não poder mais dar de mamá para as filhas porque o câncer a levou um seio. Lídia sempre trocou as fraldas da Sônia e imagino que deva ser um pouco grata por ter netas que colaboram evitando a necessidade de fazer o mesmo como avó. Eu já estava pensando que era hora de me despedir de Lídia e de Sônia quando retornei pra atender o pedido da jovem mãe de três para ficar com minha tiara rosa de corações suspensos dançantes. Os meus dois corações rosas do alto da cabeça ficaram na cabeça dela e depois foram retirados para que Lídia guardasse, conforme o líder do grupo pediu. E Lídia, como é bem típico das mães, falou pra Sônia me agradecer por ter tirado a tiara da cabeça para dar a ela. Ela agradeceu com o retorno do meu "eu te amo, é isso que está escrito aqui no coração rosa" dizendo "eu é que amo você". E eu disse que eu também a amava porque não tenho motivo nenhum para não amar a Sônia. Ela também não tem nenhum motivo para não amar. Ela me contou que uma certa vez um cantor com violão foi lá no quarto dela e ela gosta muito de música e pra demonstrar que as pessoas amam sim, ela cantou um sertanejo com sofrimento, amor e dor do começo ao fim. Foi lindo. 

O nome dela é Natália porque segundo a mãe dela Natalina é diminutivo e pra quem nasceu no dia de Natal opção melhor que se chamar Natália não haveria. Durante a visita deu para saber algumas coisas sobre ela. Ela vendeu a casa de São Paulo e comprou casa em Ubatuba e se mudou pra lá. Comprou também terrenos para construir as suítes que atualmente o filho dela aluga e ela fica com a grana. O filho dela não estava lá para confirmar a informação. Eu disse que iria aceitar o convite de me hospedar nas Suites Sweet e de brinde almoçar de graça na casa dela porque eu tenho jipe e amo cachoeiras e picos bonitos. Ela me disse que anda de caiaque mas para andar com ela eu teria que levar o meu, compromisso que já firmei, é claro. Quando ela me perguntou em quantos eu sou, eu disse eu e mais um e para ela era bom que fosse mais um mesmo porque assim é que tem que ser. Eu já tenho parceira para viajar pelo mar dentro de um caiaque que com certeza vai me convidar a me perder dentro de mim mesma. 


quarta-feira, 30 de maio de 2018

Se eu estivesse muito doente

Parece mórbido, ingrato, sem propósito e com certeza minha mãe não supersticiosa repreenderia, mas confesso que ontem a noite antes de dormir eu pensei:"E se eu estivesse muito doente?" Que não seja preciso eu estar muito doente para que eu faça aquilo que faz meu coração sorrir, para que eu esteja com quem eu me sinta muito bem, para que eu me entregue sem grandes ressalvas, para que eu não meça esforços para conquistas desejadas, para que eu receba abraços e beijos carinhosos e fuja de comparativos que não me levam a nenhum lugar e para que eu pare de editar o meu próprio texto na tentativa de filtrar até mesmo o meu pensamento procurando as palavras mais belas, menos agressivas e mais apropriadas para fazer da minha vida um quadro atrativo de ser visto e admirado quando pendurado na parede de fora da minha casa e da minha alma.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Essa é pra vc!

Hoje recebi um e-mail assim, com esse título. Não pensei muito sobre o email e nem levei tão a sério assim. Até que a noite chega e a vontade do meu quase único momento exclusivo de liberdade total chega junto, o notebook liga, as mãos se movimentam, a mente voa raso e o taça de vinho acompanha ao lado. Flor me olha e deve se perguntar o que é que rola? Por que isso? - ela perguntaria se tivesse de certa forma interessada no outro, na vida do outro, em algo que vá além do seu próprio umbigo e da vontade interminável de somente deitar e lá ficar, parada, quieta, imóvel e esperando algo muito extraordinário e que a surpreenda de um jeito tão inusitado aconteça para que tudo que não queira fazer seja continuar lá, deitada, estirada, olhando o mundo de baixo e pensando quando é mesmo que tudo isso vai acabar.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

O nome dela é Maria

Pensei que era menino, mas era Maria
Pensei que fosse triste, mas sorria sem motivo
Pensei que ficaria brava, mas nem ligou pra minha falta de trocados
Pensei que nem ligaria, mas devolveu os meus beijinhos voadores

Ela é Maria
Ela mora aqui no bairro
Ela tem a casa da música
A rua é dela
Ela era da rua
Agora ela é a menina do sorriso lindo
Que eu quero ter a sorte de encontrar de novo
Ainda vou na casa dela
E vou dizer pra ela
Que eu também sou Maria
E que tenho duas amigas Marias
E que nós três
Que somos as tês Marias
Queremos que ela
A quarta Maria
Tenha um casa tão engraçada quanto a da música
Mas com teto e tudo
E que queremos que a Maria número 4
No seu aniversário de 4 anos que deve estar pra chegar
Ganhe muitos beijinhos no ar
E que sortuda eu seria
Se ela sorrisse de novo
Igualzinho a como hoje ela sorriu!



domingo, 29 de abril de 2018

Quem espera sempre alcança

É só uma questão de tempo mesmo. Quando se busca algo com o coração, com a alma, quando não se há dúvida do que se quer, é realmente somente uma questão de tempo para que a própria dinâmica da vida mostre qual passo a se dar, qual caminho a seguir e qual velocidade adotar. O que ela sempre quis muito eu nunca soube. Não sei quais são os seus maiores desejos e anseios. Talvez nunca saiba porque ela também se confunde um pouco na resposta. Tarefas rotineiras se transformaram em grandes desafios. E desafios se tornaram uma espécie de monstro daqueles que quando a gente pensa neles a respiração para, a palma da mão sua, e o corpo treme. E agora? O que fazer? Como pensar? Como fazer sorrir? E se há algum desafio nessa vida que se apresenta como um dos maiores antes já visto é esse: fazer sorrir. É isso por sinal o que eu passarei a desejar como votos de feliz aniversário para todas as pessoas: que quem te faz rir continue a te fazer rir por todo o sempre. Como fazê-la rir? Como conseguir que as toneladas que pesam, que amedrontam, que sufocam e lideram comportamentos jamais associados a ela fiquem assim do dia pra noite um pouco mais leves? A resposta eu não tenho e o caminho eu também não sei. Ainda tento fazer sorrir e quem sabe um dia eu consiga um sorriso de canto de boca ou aquele tapinha que sempre recebi dela junto com o comentário doce da mãe sem ressalvas que dizia: Tetê, como você é boba! E que eu seja sempre muito boba, muito louca, muito intensa e muito imprevisível pra viver e pra me deliciar com o momento que ainda está por vir: aquele momento de te fazer sorrir.