sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Saturno dá a volta na terra

A cada trinta anos saturno completa uma volta inteira na terra. Ele já deu uma volta inteira na minha terra e já até foi até à padaria depois disso. Depois que ele der a segunda volta inteira o ciclo recomeça. Ao final da primeira volta é fase de foco nos objetivos, menos imediatismo e mais construção. Quando a segunda volta termina, época de usufruir da experiência e das mordomias da cabeça muito mais bem resolvida. Não dá pra negar que eu estava dando a volta em tudo quanto é canto desse meu pensamento insano até que os trinta chegaram e eu parei pra pensar antes de fazer seja lá o que parecesse muito legal. Tá dando certo. Já bati alguns récordes próprios de paciência, de auto conhecimento, de foco, de resistência, de superação...
Está sendo bom. Foco, garra e fé! Avante!!!
Tetê

Vou de taxi!

Talvez seja por essas e outras que eu me acho livre sem carro. Sai do trabalho, acha companhia para descer a rua, papo vai papo vem, encontra a novidade em primeira mão esperando o vagão do metrô que vem vazio no contra fluxo e a conversa segue. Desejo boa sorte e bora ver se tem algum show rolando alí pertinho e aonde tudo com carteirinha de afiliado não sai caro. Olivia Genesi. Quem? Ah, não sei! Mas deve ser bacana. Entra, paga pouco pra ver e gosta do que está no CD de vinte conto. Lembra do niver da amiga e como presente bom é aquele que tem história para contar, a idéia do autógrafo personalizado sai melhor do que encomenda. Restaurante fecha daqui há dez minutos, pede o melhor bauru do mundo, corridinha ao toilet antes da senha bipar, lava as mãos, pega lanche, corridinha para pegar o bus que não é o party. Isso mesmo! Tem um bus party (www.busparty.com.br) que circula por Sampa que gera comentários de quem está esperando o ônibus com destino ao lar. Ele passa dez e onze, comenta uma. Mas tá atrasado por causa da manifestação, complementa outra. Manifestação? Indaga todos mentalmente. Cheiro de problema no ar e de pizza em casa. Bora todo mundo pegar um taxi? Cinco conto só para entrar. Aborta a idéia. Hum, tá aí! Vou de taxi. Convido os companheiros e companheiras do ponto para descerem logo ali no metrô e eu sigo viagem. É carona. Carona de carro próprio não se cobra e tampouco a de carro alugado. Pausa. Olhar de susto, medo, terror. Sabe aquele olhar que te mede de cima a baixo? Fazia algum tempo que não recebia esse olhar. Mesmo de pé machucado foi andando rua escura afora e levou a amiga e tentou convencer o amigo a ir também porque o perigo estava na redondeza. Passos bem ligeiros para fugir logo da ameaça. Foi só um convite. Coisas de boa vizinhança. O outro amigo pegou a carona, chegou tranquilo e mais ligeirinho. Eu segui e me dei conta que não tinha nem moeda nem papel na carteira. Amigo, você não aceita cartão né? Eu já estava no taxi e um não seria de cortar o coração para não dizer os pulsos. Dez e meia da noite e ele disse "só de crédito"! Ma-ra-vi-lha! Bingo! Pagseguro faz milagres! Desço do carro branco e ao atravessar a linha da garagem escuto um pi pi pi bem alto. Jesus, o que é isso? Sensor! O carro entra ou sai e o barulhinho infernal domina a serenidade dos seus tímpanos. Tudo isso para evitar que gente distraída seja atropelada por moradores atentos de menos. Feliz! A surpresa da noite foi melhor do que muito kinder ovo por aí!

A partir de hoje assino para ninguém pensar que a tia CY é mais maluca do que eu. Tão quanto eu tenho minhas dúvidas, mas superação assim da noite pro dia eu tenho dificuldades de aceitar.
Tetê

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Oi?

Precisei fazer uma alteração secreta no blog a pedido da minha lindeza de Curvelo e percebi que desde 2011 temos história para contar. E essas histórias, por mais terceirizadas que possam parecer à terceira vista, são histórias verídicas, vividas, choradas, emocionantes. Aonde está o por-do-sol? E cadê a Moto cheia de ferrugem? Cadê a lua que brilha lá no céu e que come os botões do terno do pai? Quanto vale o sossego? Como se conquista o pequeno preço do ócio? O que fazer com a voz interior que não dá nem um pingo de sossego? Tudo poderia ser bem diferente se as passagens fossem um tanto mais baratas ou se proporcionalmente ao valor da féria não fosse tão significante. Será que serve para tempo livre mas para jornada dupla não justifica? Será que o gosto pelo andar alto não se assemelha ao sobrado com escadinha caracol? Não dá para se arrepender do que não se tentou. Se tudo fosse a caminhada, brincar com o cachorrinho e o fim de tarde estaria tudo maravilhoso. É simples e poderia ser tudo maravilhoso mesmo. Confusão. É, eu sei!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Qual dos caminhos?

Lá nas ruas de Itaúna o meu problema foi sempre muito menor. Eu poderia descer do Colégio Santana e decidir passar reto do prédio e ir na quitanda comprar ovos ou ir direto pra casa. Poderia subir a rua ao invés de descê-la, entrar na vendinha e comprar uma fita cassete para gravar umas músicas do rádio ou ir direto pra casa. Poderia parar no bloco B, ir visitar a Ana, ou ir direto pra casa. Poderia pedir para passar a tarde na casa da vó, atravessar a rua correndo sem olhar para ir na casa da Tia Cica, correr de volta pra casa da vó e abrir o baú para pegar uma toalha para ir para o Tropical ou ir direto pra casa. Eu poderia também andar, andar e andar até cansar, ir na gruta, ir na casa da minha madrinha, ir comprar pastel numa biboquinha a caminho da minha vó Maria, andar muito, mas muito mesmo e chegar na casa da minha avó Maria ou ir direto pra casa. Alguns caminhos eu não poderia fazer sozinha, mas poderia pedir. E pedir nem sempre dói, então eu pedia e as vezes ia. Hoje eu posso dar a volta ao mundo ou ir direto pra casa. A única diferença é que eu mesma é que tenho que autorizar as minhas idas e vindas. Absolutamente todas as voltas, idas e vindas valeram muito a pena e não faria nada diferente. Há inéditos dois anos tenho me autorizado menos idas e vindas e me convencido a cada dia que o décimo terceiro pode ser mais vantajoso, que as férias remuneradas podem comprar passagens interessantes e recompensadoras. Tá tudo bem! Eu já comprei passagem só de ida muitas vezes. E não posso negar que desvendar um mistério seja ele qual for é uma das grandes delícias da vida!