terça-feira, 15 de novembro de 2016

Olhar tem ângulo

Essa aqui não tem espaço para fotos. Não sinto que a imagem retrata o sentimento e o apavoramento de não ter exatamente um algo a mostrar ou a dizer assim tão óbvio, tão explícito. Há sim algo a sentir. É o sentir da perda do que de verdade nunca se teve ou também a dúvida do que é ter quando o que mais importa é ser de corpo e alma. E pensando bem, o desejo do ter pode ser bastante traiçoeiro, efêmero e dolorido. Tem-se algo por um momento e não há a certeza do quanto esse momento irá durar. Viva, se entregue, não seja muito seguro e nem muito inconsequente. Ria de si próprio, seja exatamente quem você tiver vontade de ser. Nada pelo meio do caminho, nada contido, nada morninho. Nada que possa parecer o jeito certo para todos menos para o seu coração. Muitas vezes o olhar por outro ângulo, sob outra perspectiva, o experimento do diferente salva alma do mofo do mesmo. Você se torna alguém de quem você se orgulha. Um brinde à vida e tudo aquilo que nos tornamos ao longo dela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário