domingo, 10 de abril de 2016

Reciprocidade rumo à Felicidade

Ontem eu ouvi de uma senhora atleta da natação no alto dos seus 90 anos umas coisas que me impactaram muito. Desde criança eu fico cantarolando aquele refrão "Viver e não ter a vergonha de ser feliz....". Eu sempre me joguei na vida, as vezes quase sem proteção nenhuma com o único objetivo de buscar o que me fazia feliz. Fui e voltei, desisti e recomecei, arrisquei e nem sempre petisquei e assim fui envelhecendo e me tornando de certa forma mais experiente. Hoje até dou uns conselhos para o povo mais novo!!! Olha só que petulância! E ousadia é o que não falta à essa senhora atleta do começo do caso. Ela é mãe de duas moças, tem netos, se casou e viuvou apaixonada e me ensinou em uma reportagem de TV um grande motivo para se considerar muito sortuda. Amor correspondido! Ela amou muito o marido e ele a ela, ela ama muito as filhas e as meninas a ela, ela ama muito os netos e eles a ela e para finalizar, ela disse que não tem medo de morrer porque não tem medo de dormir e as duas coisas são iguais, só que um deve ser mais longo. Ela disse que tem pena de morrer. É como se estivesse tão legal brincando na rua com os amigos e quando anoitecesse a criança tem que ir pra casa e fala baixinho: Ah, que pena que acabou! A sensação é a mesma. Ela ainda adiciona uma pitadinha de pena por magoar as filhas e os netos porque todos são muito unidos e eles vão sentir muita falta dela. Mas aí, na opinião dessa senhora, talvez seja a única vez que ela irá magoar a família, mas que dessa vez, ela não poderá fazer nada para impedir. Eu vou demorar um tempo para me esquecer que ser amada por quem eu amo já é um motivo de sobra para ser muito, muito feliz. E antes que eu me esqueça, ela tentou me ensinar uma coisa, mas chegou atrasada. Tia Cica já tinha me ensinado a boiar de costas na piscina olhando o céu e falou bem baixinho no meu ouvido que essa era a única forma que ela tinha encontrado de não pensar em absolutamente nada. Eu quase que consigo fazer igualzinho à minha eterna tia Cica. Mas não dá pra não pensar em o quanto eu queria que ela ainda existisse e no amor imenso que eu sinto por ela até hoje!

3 comentários:

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  3. Dinha nos ensinou a boiar de costas para que vissemos o nosso interior e assim saber que "maior é Deus e pequeno no sou eu"

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