terça-feira, 20 de agosto de 2013

Qual dos caminhos?

Lá nas ruas de Itaúna o meu problema foi sempre muito menor. Eu poderia descer do Colégio Santana e decidir passar reto do prédio e ir na quitanda comprar ovos ou ir direto pra casa. Poderia subir a rua ao invés de descê-la, entrar na vendinha e comprar uma fita cassete para gravar umas músicas do rádio ou ir direto pra casa. Poderia parar no bloco B, ir visitar a Ana, ou ir direto pra casa. Poderia pedir para passar a tarde na casa da vó, atravessar a rua correndo sem olhar para ir na casa da Tia Cica, correr de volta pra casa da vó e abrir o baú para pegar uma toalha para ir para o Tropical ou ir direto pra casa. Eu poderia também andar, andar e andar até cansar, ir na gruta, ir na casa da minha madrinha, ir comprar pastel numa biboquinha a caminho da minha vó Maria, andar muito, mas muito mesmo e chegar na casa da minha avó Maria ou ir direto pra casa. Alguns caminhos eu não poderia fazer sozinha, mas poderia pedir. E pedir nem sempre dói, então eu pedia e as vezes ia. Hoje eu posso dar a volta ao mundo ou ir direto pra casa. A única diferença é que eu mesma é que tenho que autorizar as minhas idas e vindas. Absolutamente todas as voltas, idas e vindas valeram muito a pena e não faria nada diferente. Há inéditos dois anos tenho me autorizado menos idas e vindas e me convencido a cada dia que o décimo terceiro pode ser mais vantajoso, que as férias remuneradas podem comprar passagens interessantes e recompensadoras. Tá tudo bem! Eu já comprei passagem só de ida muitas vezes. E não posso negar que desvendar um mistério seja ele qual for é uma das grandes delícias da vida!

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. TeTe, Itaúna quase continua a mesma.
    Interessante, q todos os posts, aparecem como minha autoria.
    Bjs da Tia

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