sábado, 30 de janeiro de 2016

Quem desdenha quer comprar!

Aqueço as mãos esfregando levemente uma na outra e estalo os dedos como um pianista se prepara para produzir o som que encanta e emociona. O objetivo final de ambas realizações podem ser parecidos a depender das razões que cada um de nós temos para se entregar para aquilo que estamos acostumados ou apaixonados. E a diferença é grande. Sem julgamentos ou intenções de salvar o mundo de um mal que por definição do que venha a ser o ou não já é subjetivo a ponto de te fazer reler essa frase, quiçá esse texto desde o início, está faltando paixão! Paixão é o grito e não a voz calma, paixão é o alto e não o volume que agrada, paixão é o estouro e não o derramar sorrateiro, paixão é o exagero e não a medida certa do procedimento certo do planejamento que visa dar certo. Paixão, além de não ter explicação, não aceita os pormenores do porquê. Falta paixão no olhar, no perceber, no amar, no abraço, no beijo e no aperto de mão. E a consequência pode ser mais danosa que a lama que destrói as minas gerais. O excesso de conforto sem paixão enlouquece. A segurança que protege sem paixão aprisiona. O sabor da comida sem paixão adoece. E nos resta o excesso de paixão. O sangue entra em clima de maratona, desce a ladeira abaixo das veias em velocidade absurda e corre como se vencer fosse a única opção. O sorriso vem a tona com os sons que aos não apaixonados irritam. O brilho do olho ilumina e se hidrata das lágrimas de felicidade do gozo pelo amor à vida. Não espere que todos entendam, que todos apoiem e que ninguém julgue a loucura da paixão. E como já diziam os mais velhos, quem desdenha quer comprar.

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