Desabafo de uma garotinha

Esta história contei pela última vez na Semana Santa e para minha surpresa, ninguém sabia ainda!
Há uns boooons anos era menor do que sou hoje! (imaginem que pedacinho de gente! rs)
Vinha de Curvelo toooda serelepe... dias para aproveitar toda a família de Itaúna, de dormir cada dia na casa de um tio... uma delícia sem fim...
Mas nem tudo era uma maravilha. Chegava o final de semana e lá estava eu dormindo na casa do Tio Irajá de novo. Domingo é sinônimo de almoço fora de casa e então, o sinônimo de aperto!!!!
Lá vamos nós brincando na parte de trás da Variante verde abacate rumo a um restaurante. O que mais lembro é um que nem sei se existe, lá no Padre Eustáquio!
Chegamos, o tio fez o pedido, eu e Carla brincamos na pracinha... vem a Tia Aparecida e chama para almoçar. Como sempre, comi atéeee o Chiquinho voltar da lenha! Afinal, tinha que manter a forma, né?
Final do almoço, lá vem a conta!!!!
Como de costume, vem aquela frase que quase me matava:
"_ Marina, cadê seu dinheiro para pagar a conta?"
Gente, tinha vontade de enfiar a cabeça num buraco!!!! Desde quando menina de 6, 7 anos andava com dinheiro??? Tudo bem que meu pai e minha mãe trabalhavam no banco... tudo bem que lá em casa tinha um pé de dinheiro (daqui a pouco conto esta história), mas andar com dinheiro??? Vovó Margarida também sempre dava um dinheirinho, mas muitas vezes minha mão não cabia no bolso (esta tabém é outra história), mas era gasto todo com balas e chocolate...
Até que um dia aprendi uma resposta e nunca mais passei aperto:
"_ Tio, vim sem dinheiro! Mas quando a gente voltar, minha mãe te paga!"
Depois deste dia, meus problemas acabaram!!! rs
Nunca mais me perguntou pelo dinheiro... eu já não ficava tão apertada e a graça acabava!
Mas sinceramente, para mim, foi ai que a graça começou!

Beijinhos da Nina